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sábado, 28 de março de 2009

Um bom dito de "Crepúsculo"

Um certo Luiz F. Haiml, escreveu sobre Twilight, e me agradou muito o que ele disse, é como se ele tivesse escutado os pensamentos dos leitores da saga e tivesse escrito ali. O amor, a devoção, e todo o resto. Leiam:





ALGUMAS NOTAS SOBRE CREPÚSCULO
O amor encanta, morde, prende, suga. Precisaram de vampiros para criar um grande romance adolescente atual, coisa que estava em falta em meio a tantos filmes que mostram a geração ipod como criaturas descerebradas, cheias de vícios, fúteis e ociosas. Agora “Crepúsculo” devolve-lhes o cérebro, sentimentos, coração, mesmo que, num dos casos, o coração seja o de um morto.
“Crepúsculo” se instala entre as grandes histórias de “amor para sempre” como “Love Story”, “Em algum lugar do passado”, “Ghost”, “Titanic”, mas lembra mesmo é “Amor sem fim” ( Endless Love) – outro livro que virou filme. Pois não se tinha uma história romântica empolgante, protagonizada por adolescentes, desde “Amor sem fim”, drama no qual uma jovem Brooke Shields derrama seu sangue a um namorado apaixonado que enfrenta a tudo e a todos por ela.
“Crepúsculo” é Shakespeare tornado em conto vampiresco – o que o autor teria adorado, pois as peças dele estão infestadas de elementos fantásticos/sobrenaturais. Curtimos tormentos/delícias de um jovem amor que surge entre um Romeu vampírico e uma Julieta humana que tentam ficar juntos. E mesmo sendo sobre vampiros, a trama evita, e muito bem, coisas que infestam o gênero – sexo, nudez, cenas muito sangrentas, seres e cenários grotescos – que mal-utilizados rendem lixos como o recente “Lost Boys 2 – a tribo perdida”.
“Crepúsculo” lembra a série “Roswell” (em dvd) que troca vampiros por ets, mas abre sua atenção a cada um do grupo de protagonistas. “Crepúsculo” centra na paixão entre Bella (referência a Bela Lugosi, o primeiro Drácula?) e Edward (nome de muitos príncipes). A autora desenvolve o tema com a paciência/sensibilidade dos longos romances de época de que gosta e faz Bella também apreciar. Há poucos momentos de ação intensa e mais o retrato da paixão e da região interiorana onde ela acontece.
Outro ponto a favor de “Crespúsculo” é escolher para sua protagonista alguém longe do tipo líderes de torcida e patricinhas legalmente loiras que enchem as telas. Bella é quieta, desajeitada, dona de uma arrebatadora beleza melancólica, musa certa para almas masculinas mais sensivelmente poéticas. Toda ela nos diz que está em busca, à espera de algo, e então surge Edward. Já bonito de nascença, ele ganha traços mais apurados para derreter o coração de Bella, e da platéia.
Quando os dois estão juntos, se completam. Não há como não sentir isso, seja nas páginas, seja na tela. São almas feitas uma para a outra, que se saboreiam aos poucos nessa descoberta e nós, vampíricos leitores/espectadores, nos alimentamos disso. Por isso, a experiência de ler/ver “Crepúsculo” é fascinante. O romantismo da trama ainda se acentua por uma narrativa em primeira pessoa e a exaltação de uma natureza quase sempre outonal que emoldura a relação Bella/Edward.
Fez falta, porém, um tema musical mais marcante, aquela música que a gente leva junto bem além da sessão, necessária a uma história do tipo. De resto, se toda a boa química entre o grupo adaptador permanecer, os próximos livros serão muito bem-vindos às telas.
Porém, boatos surgem: uma troca de direção para apressar o novo filme e atores chatinhos, querendo pegar carona no sucesso, podem prejudicar as sequências, então é melhor os fãs se mobilizarem para evitar possíveis estragos.

Luiz F. Haiml

[Fonte: Panorama]

5 comentários:

Virgínia Silveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Virgínia Silveira disse...

Erika sei que deveria ter posto o "+" .. foi mal, só que eu não tô conseguindo fazer funcionar .. =[

MayaraRocha disse...

Nossa aamei a entrevista *---*

Erika Cristina disse...

Viih, não tem problema amor, nao tá funcionando mesmo.....=/

Erika Cristina disse...

Jesus Cristo!!! Agora que liiiiiiiiiiiii
Lindo, perfeito, lindo!!!!!!