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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mais um Crítica

Olá, Twilighters.
É triste informar que as notícias estão acabando-se. Bem,sempre tem algo ali e aqui,mas nada de muito interessante! (sim,mo triste =/)
Porém,saiu uma crítica beeeeeeeeeem maneira! Vale a pena ler. :)

Crepúsculo mistura romance e suspense

Crepúsculo é daqueles filmes que atiram em todas as direções com o objetivo de conquistar os mais variados segmentos do público. Seu herói é um vampiro, o que sempre nos remete aos filmes de terror. O núcleo de sua trama é o romance entre ele e uma adolescente. A estratégia adotada a maior parte do tempo para prender a atenção dos espectadores é a do filme de suspense, pontuada por momentos que nos remetem à tradição da narrativa de ação. Em resumo, tinha tudo para ser uma colcha de retalhos. Não é – a diretora Catherine Hardwicke conseguiu juntar os pedaços e formar com eles uma narrativa homogênea.

O pulo-do-gato pode ter sido o fato de que Crepúsculo, em essência, é um filme feminino que incorpora de maneira eficiente elementos do cinema “para homens”. Temos roteiro escrito por mulher, adaptando romance de origem também feminina. E é pelos olhos de Bella Swan (Kristen Stewart) que enxergamos o drama do vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson), centenário, mas com a aparência de colegial, apaixonado pela moça, mas receoso do que possa resultar dessa paixão. Crepúsculo, dessa perspectiva, é obra que finge ser sobre algo masculino – o mito do vampiro –, mas, na verdade, tem como objeto o olhar da mulher que tenta desvendar algo masculino.

E é esse olhar que interessa. Crepúsculo pode surpreender os mais observadores pela maneira como conta, com o mínimo de efeitos, história que na mão de cineastas mais convencionais (do ponto de vista de Hollywood, claro) exigiria verdadeira parafernália tecnológica. O filme se expressa mais por recursos convencionais – a fotografia empalidecida, a maquiagem – que por efeitos mirabolantes. Confia nos intérpretes quando precisa emocionar o público; confia na montagem ao construir duplos sentidos do suspense; confia em técnicas tradicionais nos momentos de ação, nas lutas, nas perseguições.

BILHETERIA

Em todo o mundo, Crepúsculo começou a lotar as salas logo nas pré-estreias. Boa parte da expectativa pode ter sido construída pelos trailers provocantes, ou pelo caráter cult com que o longa se revestiu ainda durante a produção (o romance de Stephenie Meyer é responsável por fãs-clubes em diversos países). A antecipação explicaria o sucesso inicial: quase US$ 70 milhões de bilheteria no primeiro fim de semana nos Estados Unidos. Nada disso, contudo, é capaz de explicar como a carreira de Crepúsculo continuou em bom ritmo – a renda americana já se aproxima de US$ 200 milhões, e o longa vai bem em outros territórios.

Para explicar a permanência do sucesso, funciona bem melhor a tese de que Catherine Hardwicke conseguiu dirigir um filme que satisfaz expectativas tanto de homens quanto de mulheres, de jovens ou velhos, de cinéfilos que buscam arte e consumidores de entretenimento.

Outro elemento que pode ser origem da satisfação do público é o olhar ético com que Crepúsculo enxerga suas raízes na tradição cinematográfica. Com frequência, o filme de terror busca apenas o impacto que produz o medo; o romance opera na representação do afeto e da paixão; o suspense pretende lidar com expectativas e sua satisfação ou frustração, o filme de ação se legitima no ritmo. Se há mocinhos e bandidos, é apenas por conveniência narrativa.

Crepúsculo parece buscar algo por trás de tudo isso. No filme, ser mocinho ou vilão não é apenas conveniência, mas condição decorrente de posturas morais das personagens. O romance, por sua vez, não é apenas um turbilhão de sentimentos, mas algo que surge exatamente pelo confronto com aquelas posturas. Os vampiros “vegetarianos” de Crepúsculo não são apenas truque para que sejam apresentados como heróis, mas uma forma de perceber o mundo além do medo, da ignorância e do preconceito.




Matéria Original aqui.







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